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Grande celeuma se gerou em torno da nomeação de Franquelim Alves para secretário de Estado do Empreendedorismo, Competitividade e Inovação. Incompreensível. A celeuma, não a nomeação. É que o Governo, na pessoa do seu primeiro-ministro, deu mostras de uma visão estratégica que anda há muito a ser reclamada e só por muita má vontade é que se compreende que, quando ela aparece, ainda assim seja tão vilipendiada. De facto, este é um povo ingovernável. Não bastava andar a viver acima das suas possibilidades…
Franquelim Alves, para início de conversa, deu mostras de uma tocante humildade, omitindo até, no seu currículo oficial, o seu importante cargo no grupo SLN/BPN – foi administrador do grupo sob a liderança de Oliveira e Costa. Além disso, quem melhor do que um administrador do BPN para perceber de empreendedorismo? Quantos, no país, não invejam esta capacidade de encher os cofres com dinheiro alheio, fazê-lo desaparecer para paraísos fiscais, ver os cofres a serem enchidos novamente com dinheiro do erário público e ficar bem no retrato? Porque, segundo li, durante o inquérito sobre o BPN, “ficou patente que Franquelim Alves conhecia no princípio de 2008 tudo o que dizia respeito ao Banco Insular", ou seja, estava a par de "um volume significativo de imparidades e de atos irregulares de gestão no grupo BPN/SLN". Naturalmente, o Governo não poderia deixar escapar um empreendedor desta monta.
De igual modo, não tardará que um novo nome entre no quadro do governo, não tanto pela via da inovação (os livros de história, no período pré-revolução francesa, estão cheios de exemplos) mas pela via da renovação de boas práticas. Falo, naturalmente, do presidente de um outro banco, o BPI, Fernando Ulrich. Se Maria Antonieta fosse viva, ficaria roidínha de inveja com a frase lapidar: “Se os sem-abrigo que nós vemos ali na rua, naquela situação e a sofrer tanto aguentam porque é que nós não aguentamos?".